segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Marilyn Manson no Brasil

Todo rebelde é diferente e Marilyn Manson é hoje o maior rebelde que existe. Rebelde não concorda com a maioria, ele está à margem da maioria. Não pensa como os outros, não fala como os outros, não se veste como os outros, não crê no que os outros crêem. Mas como a rebeldia pode ser combinada com a fama? Se ser rebelde é ser único, é rejeitar o sistema vigente. Como um rebelde pode continuar sendo rebelde quando tantos se vestem como ele, falam como ele e até pensam como ele. Neste caso não estou falando só de Marilyn Manson, mas de todos os seus fãs. Todos se dizem rebeldes como ele, mas não têm coragem de aparecer em seus shows se não estiverem vestidos como ele, se não falarem como ele e o que é pior se não pensarem como ele.

Todos os fãs de Marilyn Manson com certeza o estarão imitando nos shows no Brasil e a imitação está longe de ser original. Está longe de ser rebeldia. Rebeldia mesmo seria ir ao show de terno e gravata, por exemplo. Isto é ser original. Isto é ser diferente. Mas para se vestir como todo mundo (pois é isto que todo mundo estará fazendo nos shows), não é necessária muita coragem. Lá são todos iguais. Na hora do show não existe mais rebeldia, só imitação. Muitos jovens se gabam por ser diferentes, mas não têm coragem de ser diferente em seu próprio meio. É preciso reunir uma turma para que todos juntos sejam igualmente diferentes. Um jovem ao gritar, pular, não respeitar os pais, se vestir de forma extravagante não está sendo diferente, muito pelo contrário, ele está sendo como todo mundo de sua idade. Não há nenhuma surpresa nisto. Há décadas que tais comportamentos não chocam mais os seus pais que um dia inventaram o Rock’n Roll.

O próprio Marilyn Manson sabe muito bem como atrair um grande número de pessoas. Num de seus shows ele declarou: “Eu ouvi dizer que é preciso ser salvo para ir para o céu, mas eu sei que pra ir para o inferno basta ser você mesmo”. Frase de bastante impacto quando se busca chocar senhores cristãos que dificilmente estavam assistindo a tais declarações. O certo mesmo é que se pra ir pro inferno basta ser você mesmo,então eu duvido que a grande maioria dos fãs de Marilyn Manson conseguirão estar lá.

Marilyn Manson fará dois shows no Brasil em setembro. O cantor se apresenta dia 25 na Fundação Progressso, no Rio de Janeiro, e no dia seguinte no Via Funchal, em São Paulo. Ele também se apresenta dia 27 no VMB na MTV.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Qual a origem do espirito esportivo?

O conhecimento científico é o mais valorizado. Ele é exaltado como aquele que pode dar respostas a toda dúvida formulada hoje. Mas ele não é o único tipo de conhecimento. Além do conhecimento científico, temos o conhecimento filosófico, o popular e o religioso. Sem valorizar um em detrimento de outro, mas apenas enumerando-os como tipos de conhecimento que existem.

Cada um destes conhecimentos não são todo abrangentes, isto é, não têm respostas pra tudo. Analise comigo! De que vale todo o conhecimento científico na hora de consolar uma mãe que chora a morte de seu filho? De que vale saber que pelas leis científicas, que seu filho não pode reviver? Que consolo trás saber que a morte cerebral é irreversível? Nestes casos o conhecimento científico não consola. Veja este exemplo:

No jogo Nottingham Forest X Leicester City, realizado dia 18 de Setembro na Inglaterra, cujo placar estava 1x0 para o Nottingham Forest quando o jogador Clive Clarke teve uma parada cardíaca no vestiário, felizmente foi socorrido a tempo. Mas o jogo foi interrompido e remarcado. A nova partida deveria iniciar em 0x0, mas o que se viu foi um histórico exemplo de espírito esportivo. Até espantoso por vir da terra dos Hooligans. Na nova partida, o time que perdia no primeiro jogo permitiu que o goleiro adversário atravessasse o campo e marcasse o gol restabelecendo o placar de 1x0. No final eles viraram e ganharam de 3x2.

Veja o Lance:

Que tipo de conhecimento gera tal atitude? O conhecimento científico diz que o time que estava perdendo deveria se agradar com a remarcação do jogo, pois isto o beneficiaria. A ciência diz que o mais forte é o que sobrevive sem se importar com o que acontece com o mais fraco. Pelo conhecimento científico, o desejo pela vitória deveria prevalecer. Assim percebemos que neste caso o conhecimento usado não foi o científico, mas o religioso. O que estava em vantagem abriu mão dela. O conhecimento que prevaleceu aqui é o que ensina que o maior deve ser aquele que serve. Que o mais forte deve oferecer a outra face mesmo que o faça parecer mais fraco. Que tirar vantagem em tudo não pode produzir nenhum tipo de consolo ou homenagem diante de um acidente. Portanto, experimente enxergar o mundo usando outro tipo de conhecimento para variar, ou quem sabe, tente ser mais completo.

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Discussões acerca do pensamento atual humano. Um enfoque religioso, filosófico e político dos assuntos em destaque no dia-a-dia.