Todos os fãs de Marilyn Manson com certeza o estarão imitando nos shows no Brasil e a imitação está longe de ser original. Está longe de ser rebeldia. Rebeldia mesmo seria ir ao show de terno e gravata, por exemplo. Isto é ser original. Isto é ser diferente. Mas para se vestir como todo mundo (pois é isto que todo mundo estará fazendo nos shows), não é necessária muita coragem. Lá são todos iguais. Na hora do show não existe mais rebeldia, só imitação. Muitos jovens se gabam por ser diferentes, mas não têm coragem de ser diferente em seu próprio meio. É preciso reunir uma turma para que todos juntos sejam igualmente diferentes. Um jovem ao gritar, pular, não respeitar os pais, se vestir de forma extravagante não está sendo diferente, muito pelo contrário, ele está sendo como todo mundo de sua idade. Não há nenhuma surpresa nisto. Há décadas que tais comportamentos não chocam mais os seus pais que um dia inventaram o Rock’n Roll.
O próprio Marilyn Manson sabe muito bem como atrair um grande número de pessoas. Num de seus shows ele declarou: “Eu ouvi dizer que é preciso ser salvo para ir para o céu, mas eu sei que pra ir para o inferno basta ser você mesmo”. Frase de bastante impacto quando se busca chocar senhores cristãos que dificilmente estavam assistindo a tais declarações. O certo mesmo é que se pra ir pro inferno basta ser você mesmo,então eu duvido que a grande maioria dos fãs de Marilyn Manson conseguirão estar lá.
Marilyn Manson fará dois shows no Brasil em setembro. O cantor se apresenta dia 25 na Fundação Progressso, no Rio de Janeiro, e no dia seguinte no Via Funchal, em São Paulo. Ele também se apresenta dia 27 no VMB na MTV.